O que são Créditos de Carbono e como eles surgiram

Os créditos de carbono são unidades que representam a redução da emissão ou a remoção de uma tonelada de dióxido de carbono (CO2eq) ou de outro gás de efeito estufa (GEE) da atmosfera. Esses gases são os principais responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas, pois eles retêm o calor do sol na superfície terrestre, alterando o equilíbrio térmico do planeta.

Estes créditos foram uma ideia genial que surgiu como uma forma de incentivar e de recompensar financeiramente as ações que contribuem para a redução ou a remoção das emissões de GEE, como por exemplo, o uso de energias renováveis, o reflorestamento, a eficiência energética, a gestão de resíduos, etc. Essas ações são chamadas de projetos de créditos de carbono, pois eles geram créditos que podem ser comercializados no mercado.

Os créditos de carbono têm origem na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), um tratado internacional que foi assinado em 1992 na Rio-92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. A UNFCCC tem como objetivo principal a estabilização das concentrações de GEE na atmosfera em um nível que evite interferências perigosas no sistema climático.

O mecanismo mais eficiente já criado pelo homem para incentivar práticas sustentáveis. Sendo um produto comercializável, pode gerar renda e riqueza, não só para investidores ou profissionais diretamente envolvidos nestes projetos de créditos de carbono, mas também para toda uma cadeia de serviços indiretos, como viveiristas, proprietários rurais, trabalhadores rurais e etc. E nessa nova fase dos projetos de créditos de carbono, com a existência da classificação CCB (Clima, Comunidade e Biodiversidade) e aumento do valor agregado, acentua-se ainda mais os cobenefícios de geração de créditos, trazendo melhorias reias para a qualidade de vida dos moradores locais e ao habitat da fauna regional.

Eng. Ftal.  Fábio Cézar Gomes

Em 1997, na cidade de Kyoto, no Japão, foi adotado o Protocolo de Kyoto, um acordo que estabeleceu metas e prazos para a redução das emissões de GEE pelos países desenvolvidos, que são os maiores emissores históricos. O Protocolo de Kyoto também criou mecanismos de flexibilização para que esses países pudessem cumprir as suas metas de forma mais econômica e eficiente. Um desses mecanismos é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que permite que os países desenvolvidos invistam em projetos de redução ou de remoção de emissões nos países em desenvolvimento, gerando créditos de carbono que podem ser usados para compensar as suas próprias emissões.

Os créditos de carbono são uma ferramenta importante para o combate às mudanças climáticas, pois eles estimulam a transição para uma economia de baixo carbono, que é mais sustentável e resiliente. Os créditos de carbono também trazem benefícios ambientais, sociais e econômicos para os países e as comunidades envolvidas nos projetos, como a conservação da biodiversidade, a geração de emprego e renda, a melhoria da qualidade de vida, etc.

 
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